Para pedir o socorro dos Anjos e Santos nas tentações

 

Anjos e Santos, todo o Céu, vinde em meu socorro nesta tentação e enxotai o demônio que procura separar-me de nossa Mãe e Rainha, Maria Santíssima.
Santo Anjo do Senhor, que precipitastes no Inferno o demônio que agora me tenta, acorrei em meu auxílio e expulsai-o para longe de mim. Dizei à minha alma palavras de repulsa altaneira, de rejeição cheia de santa indignação, de intransigência completa contra tudo quanto ele me sugere.
São Miguel, modelo perfeito de obediência a Deus Nosso Senhor, vencei quanto antes o poder das trevas aqui e no mundo inteiro. Amém.

Oração para vencer o espírito naturalista

São Miguel Arcanjo, peço-vos empenhadamente que destruais em mim a vivência, criada pelo demônio do naturalismo, de ver o universo como um todo fechado, de banalizar o sobrenatural não compreendendo a sua importância e necessidade, de julgar que os fatos sérios, graves e profundos não podem acontecer.
Essa vivência, que me enclausura e me sujeita a esse demônio, impedindo de tornar efetiva e completa minha escravidão a Nossa Senhora, afirma continuamente: “As horas trágicas e os grandes lances não se aproximam porque não podem se aproximar!”
Assisti-me, pois, no combate contra esse demônio que me impede de ter a grande generosidade necessária para ganhar a batalha da Contra-Revolução.

Vinde, Mãe, não tardeis!

Ó Maria Santíssima, a quem nos dirigimos sob o glorioso e dulcíssimo título de Rainha dos Corações! Eis, genuflexo aos vossos pés, um filho vosso que a Vós se consagrou como escravo de amor. Encontro-me isolado, perplexo, sofredor, em meio às brumas que me rodeiam. Chamado desde muito jovem ao vosso serviço, uma voz interior cheia de ressonâncias de alegria e de vitória me fazia esperar o vosso Reino, ó Mãe.
Mas esse advento, que meu amor a Vós e meu ódio à Revolução faziam desejar tão próximo, vem caminhando ao encontro dos filhos da Contra-Revolução com uma lentidão tão inesperada que eu me pergunto, aflito, se meus olhos o verão antes de se cerrarem para sempre a este mundo; se meus braços conservarão, quando da chegada desses dias, a força juvenil com que tanto desejo empregá-los para derrubar vossos adversários. E de meu coração como de meus lábios brota até Vós, submissa, mas aflita, a pergunta: Até quando, Senhora, até quando? O que, com efeito, vos determina a manter suspenso sobre a Revolução – isto é, os sequazes de satanás, os adoradores de suas pompas e instrumentos para a realização de suas obras – o gládio virginal com o qual um dia os exterminareis?

Bem sei que, santamente zelosa de vossa glória excelsa, esperareis para isso o momento em que essa mesma glória mais resplandecerá, o dia da vitória em que mais brilhareis aos olhos dos justos e mais inteiramente esmagareis o poder das trevas.
Mas, ó Mãe, sei que, diante do trono de Deus, vossa súplica é onipotente e, diante das angústias de vossos filhos, vossa misericórdia não tem limites. Não vos peço que abrevieis essa demora com dano para o pleno esplendor de vossa glória, mas sei também que está em vossa onipotência suplicante alcançar de Deus que se produzam fatos mediante os quais o tão esperado dia de vossa glorificação possa apressar-se, abreviando com isso os tormentos de alma inenarráveis com que todos os justos sofrem e gemem hoje sob o poder de satanás.
Os justos… São eles dignos dessa grande graça? Ou, antes, merecem essa tão longa demora como castigo pelas afinidades vergonhosas que consentem ter com a Revolução, vossa inimiga cheia de ódio? Ó Mãe, quanto é débil a força desses justos, quão manchada de concessões a integridade de sua pureza, quão vacilante a constância de sua confiança e precária a incondicionalidade de sua Fé!
Dizendo-o, bato no meu peito pecador, gemendo: mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa. Compreendo, pois, que esses dias por cujo advento gemo, eu mesmo os adie pelo peso das minhas culpas. Mas sei também que a confiança é como um raio de luz que transpõe todas as distâncias existentes entre nós, pecadores, e Vós, Virgem Mãe de imaculada pureza. Sei, sobretudo, que essa pobre luz, a qual em si mesma tão pouco é, desde que pouse em vosso Sapiencial e Misericordioso Coração, o abre como fonte de graças a borbulharem sobre os pecadores, por mais empedernidos que sejam.
Com toda a conformidade em relação à vossa vontade, mas com toda a confiança que, em justiça, vos devem ter esses pecadores, a Vós dirijo, ligeiramente adaptada, a prece da Liturgia: “Vinde, Mãe, não tardeis, e perdoai os pecados de vosso povo!”
Sim, Mãe, vinde logo, esmagai vossos adversários, expulsai para o Inferno os demônios, destroçai e eliminai os inimigos de vossa realeza e reinai sobre o mundo até o dia em que vos servireis de Elias, vosso servo, para os decisivos combates contra o Anticristo! Amém.

(Composta em 19/9/1991)

Oração da Manhã

 

O Sapiencial e Imaculado
Coração de Maria, oferecemos-
Vos as orações, trabalhos
e sacrifícios deste dia a fim
de que os purifiqueis de todo defeito
e os apresenteis ao vosso Divino
Filho para esmagamento da
Revolução, a vitória da Contra-
-Revolução e, pois, o advento de
vosso Reino sobre a Terra.
Fazei-nos fervorosos na piedade,
exímios na pureza, ardorosos
na ação. Sobretudo, dai-nos a graça
de recorrer a Vós em todas as
dificuldades, grandes ou pequenas,
de maneira que esta luta nos
una cada vez mais a Vós e concorra
para nos dar a convicção de
que sois Vós quem perseverais,
lutais e venceis em nós.
Ó Santo Anjo da Guarda da
Contra-Revolução, ó nossos Santos
Anjos da Guarda pessoais, ó
nossos Santos Padroeiros, assisti-
nos a cada momento, afastando
de nós os perigos, ciladas e investidas
do inimigo infernal. Assim
seja.

Oração pedindo a virtude da insistência

 

Quando sentimos que não rezamos
bem, ao menos devemos rezar muito.
Esta verdade encontra-se expressa na
parábola evangélica do homem que, estando
já dormindo em sua casa, é importunado por
outro que bate à sua porta pedindo pão. Desta
metáfora o Divino Mestre aufere a seguinte
conclusão: “No caso de ele não se levantar
para lhe dar os pães por ser seu amigo, certamente
por causa da sua importunação se levantará
e lhe dará quantos pães necessitar”
(Lc 11, 8).
Por certo, a oração qualitativa é a melhor,
mas a quantitativa nos abre a porta do Céu.
Assim sendo, peçamos:
Ó Mãe do Bom Conselho, recordai-me o
ensinamento do vosso Divino Filho: não era
pessoa grata ao chefe de família aquele homem
que lhe pedia pão, mas por sua extrema
importunidade obteve o que suas qualidades,
de si, não lhe obteriam.
Aqui estou diante de Vós, oh, minha Mãe!
Se olho para mim, quantas razões encontro
para não me sentir pessoa grata! Porém, se
considero vossa misericórdia, tenho a certeza
de que, à força de acumular quantitativamente
orações carregadas com meus defeitos,
acabareis por abrir as portas que, segundo a
estrita justiça, eu não teria o direito de transpor.
Dai-me, pois, a virtude da insistência recomendada
por vosso Divino Filho, pois a ela
foi prometido o prêmio de ser atendida pela
quantidade a prece que não tem qualidade.
Amém.

Minha Mãe, por vossa bondade, salvai-me!

Ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria! Vós fostes concebida sem pecado original e nunca tivestes a menor falta, jamais deixastes de progredir inteiramente
em tudo quanto estava nos desígnios divinos.
Sois a Virgem por respeito a cuja virgindade o Onipotente operou este milagre estupendo: quis que fôsseis ao mesmo tempo Mãe d’Ele e Virgem antes, durante e depois do parto;
de tal maneira vossa virgindade é insondavelmente valiosa.
Mãe de Deus Filho, sois também a Filha amadíssima do Pai Eterno, e o próprio Espírito Santo é vosso Esposo que em Vós gerou o Menino Jesus. Tendes, assim, tudo para serdes atendida.
Ademais, sois cheia de misericórdia para com os pecadores. Ora, um pecador sou eu…
Venho, pois, de joelhos Vos pedir: Perdoai-me, não olheis para os meus pecados, mas sim
para a vossa bondade. Considerai o Sangue que vosso Divino Filho derramou, pensai nas lágrimas que Vós mesma vertestes para que eu fosse salvo.
Minha Mãe, não por meus méritos, mas por vossa bondade, salvai-me!
(Composta em 29/11/1992)

Prece contra o individualismo

Ó minha Senhora e minha Mãe, por esta súplica desejo obter de vossa maternal e insondável misericórdia as graças necessárias para corrigir um defeito que tanto lamento ter.

Considerando como o individualismo é uma atitude de alma oposta aos adoráveis ensinamentos e exemplos de vosso Divino Filho, e quanto ele se opõe a vossas sublimíssimas virtudes; ponderando que esse defeito já esteve gravemente presente na primeira Revolução eclodida nos altos páramos celestes, ao brado diabólico de “Non serviam”; tendo em vista que ele é profundamente oposto à doutrina e ao espírito da Santa Igreja Católica Apostólica Romana, única Igreja verdadeira, e, pelo contrário, característico da doutrina e do espírito de tantas heresias e movimentos revolucionários; suplico-Vos, Senhora e Mãe, do mais fundo da alma – pelos méritos do Sangue infinitamente precioso vertido por vosso Divino Filho em sua Paixão e Morte para resgatar o gênero humano, e pelos merecimentos insondáveis das lágrimas corredentoras que vertestes ao pé da Cruz, no alto do Gólgota –, que me alcanceis a força necessária para odiar com toda a alma o individualismo, o qual constitui o requinte desregrado do amor de si mesmo, levando o homem a sobrestimar loucamente suas próprias qualidades e a fechar orgulhosamente os olhos às suas carências.

Nessas condições, a pessoa se deixa dominar pela ilusão de bastar-se a si própria e não precisar de Deus, nem de Vós, para combater vitoriosamente o extravio de sua inteligência, vontade e sensibilidade, e para levar a cabo a luta contra os adversários da Igreja e da Civilização Cristã. Por esse defeito, o homem aborrece o convívio de seus semelhantes e até de seus irmãos de vocação, sempre que este não se destine a lhe cantar continuamente as falsas glórias, e sente-se diminuído, humilhado e até combatido quando alguém lhe aponta faltas e dá santos conselhos para a conversão e a emenda.

Tende pena, Mãe de Misericórdia, desse vosso pobre filho em cuja alma se instalou tão grande e repugnante miséria, e cravai profundamente em sua alma o ensinamento do Divino Redentor: “Aprendei de Mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis paz em vossas almas!” Dai-me essa paz, humildade e mansidão que caracterizam os verdadeiros combatentes nos séculos de Fé: os cruzados e a sublime guerreira que foi a virginal mártir Santa Joana d’Arc.

Assim seja.

Plinio Corrêa de Oliveira (Composta em 25/9/1991)
Revista Dr Plinio 268 (Julho de 2020)

O Redentor espera-me com um sorriso

Considerem a mais santa das Comunhões havidas sobre a face da Terra: a Comunhão de Nossa Senhora. Ela estava abrasada no desejo de comungar. No entanto, o anseio d’Ela de receber Nosso Senhor era infinitamente menor do que o d’Ele de ser recebido por Ela, de tal maneira o amor divino é superior ao da criatura.

Portanto, não devemos ir à Comunhão como quem vai submeter Nosso Senhor a um tormento, pensando: “Oh, Ele vai entrar na minha alma indigna!”

De fato é indigna, e eu me confundo. Mas, de outro lado, maravilho-me pensando que, dentro do sacrário, o Divino Redentor está à minha espera com um sorriso; e que nesta minha alma Ele entra com verdadeira delícia, porque, apesar de indigna, ela se encontra em estado de graça. “Minhas delícias consistem em estar com os filhos dos homens” (Pr 8, 31).

Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência de 5/1/1974)
Revista Dr Plinio  267 (Junho de 2020)

Inteira e filial confiança em Nossa Senhora

Ó  Maria Santíssima, que nunca negais acolher um pecador, dai-nos a graça de compreender que junto a Vós encontraremos o mais seguro e suave refúgio.

Suplicamos-Vos, ó Mãe, que do alto do Céu desçam sobre vossos filhos – transpondo suave e vitoriosamente camadas espessas de pecado – vossas bênçãos maternais.

Como os discípulos de Emaús ao Divino Redentor, nós Vos pedimos que essas bênçãos fiquem conosco, porque se faz noite sobre o mundo. A cada instante, a cada angústia e necessidade, ajudem-nos elas a manter a mais inteira e filial confiança em Vós.

Mãe e Senhora nossa, nesta emergência, realizai por nós tudo o que de solicitude, desvelo, penetração psicológica e misericórdia fazeis aos filhos que Vos pedem com verdadeira confiança.

Ó Mãe, nós Vos amamos, em Vós cremos e esperamos. Imploramos o vosso perdão pelos que não creem, não esperam e não Vos amam. Amém

 

Plinio Corrêa de Oliveira (Composta em abril de 1980)
Revista Dr Plinio 266 (Maio de 2020)

Oração pedindo a serenidade de ânimo

Considerando que uma alma nos ajuda no Céu, sobretudo para a prática das virtudes de que deu especial exemplo na Terra, e para a vitória contra as dificuldades que nesta vida teve que enfrentar, peço-Vos, ó minha Mãe, que me concedais a graça da admirável e exemplar serenidade de ânimo da qual destes prova, mesmo nos lances mais trágicos de vossa vida.

Portanto, diante das apreensões mais negras, dos abandonos mais cruéis, dos tratos mais injustos, ajudai-me a manter-me recolhido, distante dos acontecimentos que possam perturbar-me e tirar a minha alma da serenidade na qual recebe as graças celestes.

Amém.

 

Plinio Corrêa de Oliveira