Luz, água ou lenha?

A TFP

Luz, água ou lenha?

Entre as entidades mais em foco no Brasil atual está, sem dúvida, a TFP. O grande número de publicações votadas pela imprensa à TFP é índice robusto dessa notoriedade. Mas, considerado em si, associações e pessoas sobre as quais a imprensa, o rádio e a televisão discorrem copiosamente. Sem embargo, fala-se um pouco delas, e acabou-se. Se os grandes meios de publicidade se calam, elas entram no mais inteiro esquecimento. Com a TFP, dá-se o contrário. Mesmo fora de nossos períodos de campanha, há largos setores do público em que se discute com freqüência a seu respeito. E mais extensos ainda são os setores nos quais, embora não se fale tão amiúde dela, as atenções são continuamente sensíveis a qualquer gesto, atitude, ou pronunciamento procedente de nossas fileiras, que provocam logo críticas ou aplausos. Isto sim é notoriedade. E da mais genuína.

Não confundo notoriedade com simpatia. Seríamos tolos, os da TFP, se ignorássemos que suscitamos, a par de aplausos entusiásticos que nos comovem, críticas acerbadíssimas que nem de longe nos desalentam. Afirmo simplesmente que não há brasileiro que não tenha ouvido falar da TFP. Minha afirmação não vai além.

As pessoas que discutem sobre a TFP, fazem a respeito de nossa entidade uma idéia certa? Penso que nem sempre. Veio-me então à idéia escrever sobre a matéria. Fá-lo-ei do modo mais sintético, para atender aos cânones jornalísticos.

Que utilidade haverá nas informações que darei? Serão recebidas como luz a esclarecer aspectos da controvérsia? Como água a extinguir as ardências da disputa? Ou como lenha a acender ainda mais a polêmica? Não sei. O que sei é que – segundo proclamou o grande Bossuet – a verdade pede fundamentalmente uma coisa para ser julgada: é ser ouvida. Público numeroso, vivaz, atualizado, influente das Folhas, ouve-me.

A Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição Família e Propriedade é uma entidade cívica legalmente registrada em São Paulo no ano de 1960. Seus sócios formam, em cada Estado, uma secção, tendo à frente um diretório seccional. As secções se dividem em subsecções, constituídas pelos sócios residentes numa mesma cidade e dirigidas por um diretório subseccional. As secções são coordenadas por dois órgãos de jurisdição em todo o país, o conselho Nacional, com o encargo das atividades sociais nos seus aspectos culturais e cívicos, e a Diretoria Administrativa e Financeira Nacional, cujo campo de ação é definido pelo próprio título. A TFP tem por fim combater a maré-montante do socialismo e do comunismo, dois sistemas que reputamos afins entre si, como a tuberculose simples o é com a tuberculose galopante.

Ambos estes sistemas repousam sobre a mesma base filosófica errônea da qual deduzem toda uma série de máximas culturais, sociais e econômicas. Não pode, pois, haver combate sério contra eles se não incluir o contra-ataque filosófico, com suas respectivas implicações nos vários campos do pensamento humano. Assim, a TFP – entre os diversos modos necessários que há para combater o comunismo – se dedica primordialmente à ação ideológica. Para tal, prestigia ela numerosas obras doutrinárias escritas por sócios ou amigos. O sistema de difusão dessas obras consiste na venda em logradouros públicos, por grupos de jovens à sombra – ou melhor, à luz – do tão característico estandarte rubro com o leão rompante.

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