A um erudito advogado que retornava de sua visita à cidade francesa de Ars, perguntaram o que mais o havia interessado naquele povoado. “Vi Deus num homem”, respondeu o profissional das leis aos seus atônitos interlocutores. De fato, ele conhecera São João Maria Vianney, em cuja alma luminosa e perfeita se podia contemplar um magnífico reflexo da infinita santidade divina.
Muitos se convertiam apenas o observando a pregar no púlpito, de longe, admirando-lhe os gestos e a atitude, sem sequer conseguir ouvi-lo. Imbuído e compenetrado das doutrinas que ensinava, as pessoas tinham a sensação de um como que contato vivo com as verdades das quais ele era arauto.
O Cura d’Ars pertence a essa categoria de homens a quem Deus confere a missão de tornar de algum modo translúcido o sobrenatural. De sorte que, perto deles, sentimos o que os Apóstolos experimentaram no Tabor, junto a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Plinio Corrêa de Oliveira
Revista Dr Plinio 77 (Agosto de 2004)