O aparecimento de São Bernardo na história foi como um esplendoroso nascer de sol. Ele é um dos sóis da Ordem Beneditina, é um dos sóis da Igreja Católica, é um dos sóis de toda a devoção mariana. É, por excelência, o homem da penitência e da mortificação. Homem que se transformou numa tocha ardente, numa chama de fogo deambulando pela Cristandade, purificando todas as coisas pela sua eloquência e seu espírito repassado de indomável fervor. Homem da polêmica, que enfrentou e venceu em luta estrênua os maiores adversários do catolicismo no seu tempo.
Ao mesmo tempo, é o varão dulcíssimo, o “Doctor Melifluus” — Doutor com palavras doces como o mel — , que soube como ninguém louvar a bondade e a misericórdia insondáveis de Nossa Senhora. DEla falou com tanta unção e arrebatamento, que pode ser considerado o literato, o poeta de Maria Santíssima na Igreja do Ocidente.
Plinio Corrêa de Oliveira