Podemos imaginar São Sebastião na força da idade, na glória do uniforme romano, no esplendor do capitaneio da coorte imperial, que se esgueira e, sem encontrar resistência da parte das sentinelas das prisões, por ser ele quem era, vai entrando pelos cárceres, pelas enxovias e alimentando, com a sua coragem, os anciãos, os jovens de ambos sexos, as pessoas de todas as condições que ali estavam para serem martirizadas.
São Sebastião sabe que sua atitude vai acarretar para ele também o martírio, mas caminha rumo ao suplício com aquela serenidade, deliberação e superior entrega de si mesmo à Cruz de Cristo, Nosso Senhor, que faz com que ele não estremeça, mas permaneça, durante todos esses riscos, sempre heroico e senhor de si, até entregar a sua alma a Deus, com uma tranquilidade diante da morte própria a um militar miliciano de Nossa Senhora e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência de 19/1/1967)