Ao pronunciar seu “fiat” para a Encarnação do Verbo, Nossa Senhora concebeu do Espírito Santo e passou a formar em suas imaculadas entranhas o Filho de Deus. A geração da humanidade santíssima de Nosso Senhor Jesus Cristo deve ter sido admirável, a maravilha das gerações!
Jesus é considerado o novo Adão, que veio ao mundo para reparar o pecado cometido pelo primeiro homem. Ora, assim como este, enquanto permaneceu inocente, viveu em meio aos esplendores do Éden Terrestre, também Nosso Senhor teve seu Paraíso, incomparavelmente melhor e mais precioso do que aquele: o claustro virginal de sua Mãe.
Sim, Jesus se achava em estado paradisíaco durante os noves meses que passou no interior de Nossa Senhora, como num tabernáculo perfeitíssimo, onde encontrava alegrias, belezas e delícias de que eram pálidos símbolos as conhecidas por Adão. Além disso, numa inefável união de espíritos, o Filho ia revelando à Mãe, a respeito de Si próprio, todas as magnificências que fossem cabíveis a uma criatura entender. Nesse indizível convívio, Jesus elevava a alma de Maria a um inimaginável grau de formosura, tornando-a mais bela e luminosa do que todo o resto do universo!
Plinio Corrêa de Oliveira