A Providência concedeu a Nossa Senhora a glória de se encontrar no píncaro da Criação, tendo acima d’Ela apenas o Homem-Deus, seu adorável Filho. Quem recebesse a suprema graça de comtemplá-La, teria, num só golpe de vista, a noção de toda a sabedoria e santidade da Igreja, da beleza de toda a sua liturgia em todas as épocas, do esplendor de todos os Santos, do talento de todos os doutores, do heroísmo de todos os cruzados e de todos os mártires. Porque não há virtude, qualidade e beleza que a Igreja tenha engendrado, e que não brilhe completamente em Nossa Senhora, com fulgor extraordinário.
Por isso, nosso louvor à Santíssima Virgem, além de ser um cântico à grandeza e bondade d’Ela, deve ser um reconhecimento efetivo dessa bondado e dessa grandeza, traduzido em atos concretos: ou seja, na imitação de todas as virtudes e predicados que Ela, numa perfeita correspondência à graça, possuiu e praticou no mais alto grau.
Plinio Corrêa de Oliveira