Embora sempre cheia de graça, houve um determinado momento em que Maria Santíssima, por sua perfeitíssima fidelidade e gratuita predileção de Deus para com Ela, adquiriu a plenitude de dons celestiais correspondente: o instante em que Ela Se tornou Esposa do Espírito Santo e Mãe do Salvador.
A santificação de Nossa Senhora continuou até o momento em que, depois da Ascensão de Jesus Cristo, recebeu o Espírito Santo para distribuí-Lo a toda a Igreja, pois em Pentecostes o Paráclito desceu sobre Ela na forma de uma chama que se derramou sobre todos os Apóstolos.
Por fim, quando Lhe era como que impossível crescer em santidade, de tal maneira sua alma estava repleta de celestiais dons, a Mãe de Deus teve a sua “dormição”, como é chamada sua morte, por uma linguagem teológica muito apropriada e poética.
Com efeito, foi da plenitude recebida por Maria que todas as graças vieram para os homens. Assim, a humanidade inteira se beneficia do transbordamento das graças da Santíssima Virgem.
Plinio Corrêa de Oliveira (Extraído de conferência de 4/8/1965)
Revista Dr Plinio 255 (Junho de 2019)